Os adoçantes artificiais causam confusão no cérebro

Os substitutos artificiais do açúcar estimulam o apetite no cérebro e influenciam a capacidade de tomar decisões

20.05.2025
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Os adoçantes artificiais são praticamente isentos de calorias e estão a ser cada vez mais utilizados na indústria alimentar, por exemplo, nos refrigerantes. Um estudo conduzido pela Universidade do Sul da Califórnia (USC) e com a participação de investigadores de Tübingen veio agora esclarecer os efeitos do consumo excessivo de adoçantes artificiais, como a sucralose, no cérebro. Embora não tenha calorias, a sucralose estimula o apetite no cérebro, especialmente em pessoas com obesidade. O estudo contou com a participação de investigadores do Hospital Universitário de Tübingen, Helmholtz Munique e do Centro Alemão de Investigação da Diabetes (DZD).

Os edulcorantes artificiais são utilizados na indústria alimentar há mais de 130 anos. O primeiro adoçante sacarina foi descoberto na Alemanha em 1878. As vendas dos substitutos artificiais do açúcar, na sua maioria sem calorias, aumentaram acentuadamente, sobretudo nos últimos anos. Na Alemanha, uma em cada duas pessoas procura diariamente produtos que contêm edulcorantes artificiais. Uma das razões apontadas para este facto é um estilo de vida consciente da dieta e das calorias. É precisamente este ponto que os resultados do novo estudo parecem estar a abalar. Já em 2023, a Organização Mundial de Saúde emitiu uma recomendação de que os adoçantes artificiais não devem ser utilizados como substitutos do açúcar quando se trata de perda de peso.

Aumento do apetite e da fome

A sucralose leva a um aumento da atividade cerebral no hipotálamo, um importante centro de controlo do cérebro. Esta área do cérebro é responsável, entre outras coisas, pelo controlo da ingestão de alimentos e da sensação de fome. A sucralose ativa precisamente esta área do cérebro, o que, por sua vez, está associado a uma avaliação mais forte da sensação de fome. "Os edulcorantes artificiais, como a sucralose no nosso caso, podem influenciar a regulação do apetite no cérebro de uma forma que tem um efeito prejudicial no peso", explica a Prof. Dra. Stephanie Kullmann do Hospital Universitário de Diabetologia, Endocrinologia e Nefrologia em Tübingen.

Os adoçantes artificiais causam confusão no cérebro

A equipa de investigação parte do princípio de que os adoçantes artificiais confundem o cérebro, enviando-lhe sinais de doçura sem fornecer as calorias de que o cérebro necessita. A hipótese de que o cérebro envia o sinal para comer mais quando as calorias prometidas não chegam já é conhecida de estudos anteriores.

O estudo envolveu 75 indivíduos nos EUA. Foi-lhes pedido que bebessem uma de três bebidas em três datas diferentes: água da torneira, água adoçada com sucralose e água adoçada com açúcar. A sucralose é cerca de 600 vezes mais doce do que o açúcar convencional. Em cada visita, a equipa de investigação analisou os níveis de glicose no sangue em jejum dos participantes, seguidos de um exame ao cérebro utilizando imagens de ressonância magnética funcional (fMRI), que rastreia o fluxo sanguíneo para registar a atividade em diferentes regiões do cérebro. Após o primeiro exame, os participantes beberam uma das três bebidas e foram novamente examinados. Para além dos exames ao cérebro, foram recolhidas amostras de sangue dos participantes no estudo depois de terem bebido as bebidas e foi-lhes pedido que avaliassem a sua sensação individual de fome.

Resultados surpreendentes

Com base nos auto-testes, os investigadores conseguiram determinar que a sucralose aumentava a sensação de fome dos participantes em cerca de 17%, sobretudo nos indivíduos com obesidade mórbida. A equipa de investigação conseguiu também demonstrar ligações mais fortes a outras partes do cérebro responsáveis pelo controlo da motivação. "A sucralose parece afetar a capacidade de tomar decisões", afirma a líder do estudo, a Professora Kathleen A. Page da USC. "Por exemplo, encontrámos um aumento da atividade cerebral entre o hipotálamo e o córtex cingulado anterior, que controla os riscos e os benefícios de uma decisão", acrescenta o Prof. Outra descoberta do estudo: "As análises ao sangue mostraram que a sucralose não tem qualquer efeito sobre as hormonas que o cérebro utiliza para nos dizer quando estamos cheios e já não temos fome", explica o Prof.

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