Uma técnica avançada de imagiologia detecta o cancro com uma precisão sem precedentes

Nova tecnologia de endoscopia permite a deteção precoce do cancro do esófago

07.08.2025
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Investigadores da Helmholtz Munich, da Universidade Técnica de Munique (TUM) e da Universidade Médica de Viena desenvolveram uma técnica de imagem avançada denominada "O2E" que permite aos clínicos detetar lesões cancerosas no esófago com uma precisão sem precedentes. Publicado na revista Nature Biomedical Engineering, o estudo demonstra que esta inovadora tecnologia de endoscopia revela até as mais pequenas alterações patológicas nos tecidos, melhorando significativamente a deteção e o diagnóstico precoces.

Alterações anteriormente ocultas agora visíveis

O cancro do esófago é um dos cancros mais mortais: quando diagnosticado numa fase avançada, a taxa de sobrevivência é de apenas 10%. No entanto, se for detectado precocemente, cerca de 90% dos doentes sobrevivem. A nova tecnologia O2E poderá desempenhar um papel crucial na identificação de alterações no tecido esofágico em fases muito mais precoces.

A O2E combina duas técnicas de imagiologia numa nova tecnologia de endoscopia. Enquanto a tomografia de coerência ótica é particularmente eficaz na captação das estruturas dos tecidos, a imagiologia optoacústica - um método que estimula os tecidos com impulsos de luz e detecta os sinais de ultra-sons resultantes da iluminação - pode visualizar até os vasos sanguíneos mais pequenos nas camadas mais profundas dos tecidos. Ao combinar estas técnicas, são geradas imagens 3D de alta resolução da estrutura e função do tecido no esófago. Ambos os sensores estão integrados numa cápsula de endoscopia que analisa o tecido num ângulo completo de 360 graus.

Vasilis Ntziachristos, Diretor do Instituto de Imagiologia Biológica e Médica de Helmholtz Munique e Presidente da TUM, afirma que "o nosso sistema de imagem dupla revela caraterísticas críticas das lesões iniciais do cancro, incluindo alterações estruturais microscópicas sob a superfície da mucosa e alterações microvasculares subtis no tecido canceroso, que os métodos anteriores não conseguiam detetar".

No seu estudo-piloto, os investigadores examinaram o esófago de animais e amostras de tecido de doentes com esófago de Barrett, um precursor do cancro do esófago. Conseguiram identificar diferenças distintas entre tecido saudável, tecido com alterações celulares anormais, fases pré-cancerosas e tumores malignos. Os testes iniciais de prova de princípio foram realizados no lábio interno de um voluntário, uma vez que este partilha caraterísticas de tecido semelhantes às do esófago.

Próximos passos: Otimização para aplicação clínica

Com base nestes resultados promissores, foi concedido um novo projeto pioneiro do EIC, denominado ESOHISTO, que teve início em 2025. Financiados pela União Europeia, os projectos Pathfinder do EIC (Conselho Europeu de Inovação) apoiam a investigação em fase inicial e de alto risco com potencial para impulsionar inovações transformadoras. Os investigadores estão agora a trabalhar para aperfeiçoar ainda mais a tecnologia da cápsula, de modo a garantir que esta proporciona imagens de alta qualidade para utilização em seres humanos.

"Também planeamos integrar a endo-microscopia confocal - uma técnica que proporciona uma visualização de alta resolução e em tempo real das estruturas celulares - para permitir uma análise mais detalhada durante os exames", explica o Dr. Qian Li, primeiro autor do estudo da Universidade de Medicina de Viena. "Isto poderá abrir caminho para a imagiologia molecular endoscópica de alta resolução, permitindo-nos visar marcadores moleculares específicos no cancro". Em última análise, os investigadores esperam que a sua abordagem reduza a necessidade de biópsias múltiplas e acelere os processos de diagnóstico no futuro.

O ESOHISTO irá fazer avançar e validar a tecnologia em preparação para o seu futuro lançamento no mercado. Para além dos benefícios evidentes para os doentes, os investigadores acreditam que o sistema de saúde também beneficiaria com esta tecnologia de deteção precoce. Enquanto o tratamento do cancro do esófago avançado custa normalmente cerca de 140 000 euros por doente, a deteção precoce poderia reduzir este custo para cerca de 10 000 euros. Por conseguinte, a deteção precoce não só salva a vida de muitos doentes, como também resulta em poupanças substanciais para o sistema de saúde.

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